O Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou, nesta quarta-feira (20/08), uma plataforma digital inédita do Observatório do Feminicídio, coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher. A ferramenta reúne dados de segurança, justiça e saúde que vão ajudar na formulação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra meninas e mulheres.
Com linguagem acessível, o portal apresenta seis painéis interativos, entre eles um levantamento inédito da Secretaria de Estado de Saúde que revela: em 2024, foram registradas 148 notificações diárias de violência contra mulheres em unidades de saúde. Neste ano, a média está em 139 por dia, o que representa uma redução de 6%.
— O Rio de Janeiro dá mais um passo no combate à violência contra a mulher. Esta iniciativa consolida o papel do Estado como articulador de políticas públicas baseadas em dados e evidências, garantindo mais eficiência no enfrentamento a este grave problema social. Estamos trabalhando para garantir a cada mulher o direito de viver com dignidade, autonomia e segurança — afirmou o governador Cláudio Castro.
Os dados da SES-RJ mostram que, entre os 42.152 casos notificados em 2025, 30.978 (73,5%) tiveram mulheres como vítimas. A violência física aparece como a principal forma de agressão, enquanto o estupro é o tipo de violência sexual mais frequente.
— Pela primeira vez, reunimos em um só espaço dados de órgãos públicos que denunciam, investigam, julgam e acolhem. É uma iniciativa que une ciência e dados para enfrentar uma das formas mais cruéis de violência contra a mulher. Nosso compromisso é continuar trabalhando para que nenhuma mulher seja silenciada pela violência – ressaltou a secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar.
Outro dado preocupante mostrado pelo levantamento é a repetição das agressões: cerca de 42% dos casos notificados ocorreram de forma reincidente.
— Os casos de feminicídio e agressões a mulheres são constantes e alarmantes. A iniciativa de integrar o novo painel da Saúde RJ com informações sobre as notificações compulsórias a outras áreas do Governo em ferramenta única é importantíssima. Certamente vai ajudar a formular novas políticas públicas para enfrentamento deste tipo de violência. Essa força tarefa é fundamental para garantir que as mulheres estejam protegidas e acolhidas - destacou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Durante o evento, também foram lançados uma cartilha informativa destinada ao público em geral e um curso de capacitação para agentes de segurança.
– É fundamental que nos unamos ao Governo do Estado para enfrentar esse problema. Instituições como a UFRJ têm a responsabilidade de não apenas produzir conhecimento, mas também de se posicionar diante das injustiças – disse a vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci.
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