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Sabemos que os transtornos mentais, bem como, o suicídio se tornaram uma triste realidade no mundo. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, 14 mil pessoas cometem suicídio ao ano. Este assunto merece atenção, cuidado, acolhimento e auxílio médico. Conhecido como "Setembro Amarelo", este mês busca quebrar tabus, mas, principalmente, alertar à populaçãp quanto à saúde mental. Pensando nisso, o portalozk.com foi conversar com psicóloga Janine Gaia Rangel, de 42 anos. De acordo com a profissional, a Campanha "Setembro Amarelo" teve início nos EUA, em 1994 e foi implantada no Brasil em 2015. Psicóloga Clínica, Bacharel e Licenciatura em Psicologia – CRP 05/34041; Pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental; Pós-graduada em Arteterapia em Educação e Saúde; Facilitadora de Educação Emocional Positiva; Especialista em Autoestima e Confiança Feminina; Especialista em Avaliação de Riscos Psicossociais, Janine Gaia afirma que o movimento é um alerta necessário, mas ainda há muito a avançar.

“O Setembro Amarelo é um importante lembrete para os cuidados preventivos com a saúde mental. Porém, ainda necessitamos de ações mais elaboradas na prevenção do adoecimento emocional e do acompanhamento da saúde integral da população durante todo o ano”, destacou.

Para a profissional da área de saúde mental, algumas mudanças de comportamento podem ser um alerta para sofrimento emocional. É necessário observar sinais como: isolamento social, tristeza intensa, apatia, perda de interesse por atividades que costumavam ser divertidas e prazerosas; alertar-se para a mudança no apetite, cansaço persistente, choro frequente, sentimentos de culpa e medos. Em alguns casos, podem ser observadas as ideações suicídas- pensamentos frequentes sobre morte e desejo de tirar a vida.

A especialista orienta sobre pequenas atitudes que podem fazer diferença para muitas pessoas. O acolhimento é essencial: " escutar sem julgamento, validar as emoções do outro e, sempre que possível, orientar para a busca de ajuda profissional com psicólogos e psiquiatras”.

Conscientização

A conscientização deve tornar-se um hábito não, somente, no mês de setembro. Ela deve ser constante, porque trata-se de vidas. Sendo assim, a psicóloga ressalta a relevância deste assunto ser debatido em escolas, igrejas. Ela ainda sugere que empresas insiram medidas práticas que agreguem e potencializem a importância da saúde mental. “Quanto maior for o acesso à informação e às vivências em saúde mental, maior será a probabilidade de inserção de programas eficazes para a população”, reforça.

O tema deve ser debatido sem reservas, porque quanto mais as pessoas se conscientizarem sobre suas emoções, maior a chance delas criarem estratégias de bem-estar para combater as dores emocionais e os sofrimentos camuflados. Prevenir o adoecimento é a maneira assertiva, além de agir com mais inteligência emocional.

Excesso das Redes Sociais

Quando questionada sobre o excesso das redes sociais, a profissional alerta que o uso abusivo pode ser: “um fenômeno devastador para a saúde integral”. A prática desenfreada pode agravar quadros de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas. Ela sugere cinco orientações para um uso mais saudável: selecionar conscientemente os conteúdos consumidos, estabelecer pausas, desativar notificações, refletir antes de se expor e evitar o celular antes de dormir.

Janine Gaia enfatiza que, apesar dos avanços, ainda é necessário investir em ações educativas, conscientização e ampliação de serviços de saúde mental para toda a população. “A redução do estigma só será possível com esforços coletivos e contínuos”, conclui a psicóloga.

Cuidar da saúde mental, nos dias de hoje, deve ser primordial. A todo tempo, algo novo acontece e os dias passam mais rápido. O ser humano, muitas vezes, se esquece que o autocuidado tem início de dentro pra fora, quando muitas vezes aprende-se da pior maneira. Ninguém quer viver na escuridão, por isso, a importância de acolhimento sem julgamento. A necessidade de saber procurar ajuda e não silenciar-se, quando, ao redor, o barulho está alto demais. 

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