Dezembro é um mês crucial para a conscientização sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e o HIV/Aids, com destaque para o Dia Mundial de Prevenção à Aids, celebrado nesta segunda-feira (1º). O subsecretário de Vigilância em Saúde, infectologista Rodrigo Carneiro, reforça a importância da prevenção, do uso de preservativos e da realização de testes regulares para detecção precoce. Além disso, o especialista destaca que é fundamental garantir acesso a tratamentos e assistência médica adequada, assim como defender os direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids e promover a inclusão social.
Instituída pela Lei nº 13.504/2017, a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis como: sífilis; HPV; gonorreia, hepatites B e C, é importante para alertar a população sobre as doenças transmissíveis por via sexual, onde o grande destaque é a infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), um retrovírus que, ao infectar um indivíduo, ataca o seu sistema imunológico e o deixa suscetível a infecções oportunistas, sendo a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) uma complicação pós-infecção.
Rodrigo Carneiro enfatiza que, apesar dos avanços no tratamento, que agora permite que a infecção seja controlada com um ou dois comprimidos diários, o vírus continua a circular e a doença não tem cura. Além disso, o estigma social ainda persiste, levando à discriminação.
“Historicamente, o diagnóstico de HIV era visto como um atestado de óbito, e muitos jovens, especialmente entre 20 a 30 anos, não têm consciência do impacto que o vírus pode ter na saúde pública. A discriminação social ainda é um dos principais estigmas enfrentados por pessoas vivendo com HIV, embora o tratamento atual seja eficaz e tenha poucos efeitos colaterais, comparando-se a doenças crônicas como hipertensão ou diabetes”, informou.
Atendimento especializado — Em Campos, o Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP) atua como um espaço de acolhimento e referência para pessoas vivendo com HIV. A equipe multidisciplinar oferece testes, consultas e tratamento, que inclui o fornecimento de antirretrovirais, o “coquetel”, e assistência farmacêutica especializada, além de realizar exames essenciais para o acompanhamento da saúde dos pacientes. “O teste rápido é uma ferramenta crucial para o diagnóstico precoce do HIV, pois fornece resultados em minutos e pode ser realizado por profissionais de saúde capacitados, facilitando o início do tratamento”, explicou o infectologista.
Além do tratamento medicamentoso, os pacientes recebem imunizações específicas e profilaxia para prevenir infecções oportunistas. O CDIP também oferece tratamento para outras infecções sexualmente transmissíveis, como hepatite B, hepatite C e sífilis, garantindo um acompanhamento abrangente para os pacientes. O local também é dedicado ao atendimento de crianças, especialmente aquelas com suspeita de transmissão vertical, quando o contágio ocorre durante a gestação, parto e, em alguns casos, na amamentação.
Atualmente, o CDIP atende continuamente um total de 2.739 pessoas, que recebem acompanhamento regular e fazem a retirada de medicamentos no local. Neste ano, foram diagnosticados 180 novos casos de HIV no município, sendo 67% em homens e 33% em mulheres. Também foram realizados 2.682 testes rápidos para detecção precoce do HIV. Em 2024, 220 diagnósticos foram confirmados.
O CDIP fica localizado na Rua Conselheiro Otaviano, 241, no Centro. O órgão também disponibiliza serviços de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP), além de promover ações contínuas de treinamento para reduzir o estigma e aumentar o acesso à informação e prevenção das ISTs.
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