O município de Campos dará continuidade ao processo de descentralização do atendimento a pacientes com suspeita ou diagnóstico de dengue, seguindo o modelo do Sistema Único de Saúde (SUS), de regionalização e aproximação da saúde com os usuários. Com essa mudança, o fluxo de atendimento foi reestruturado para ampliar o acesso e fortalecer a rede primária e de urgência. Os atendimentos, que antes eram realizados exclusivamente no Centro de Referência da Dengue (CRD), serão redistribuídos entre as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) e demais unidades da rede, de acordo com a necessidade de cada caso.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, explicou o objetivo da descentralização. “O CRD sempre foi um serviço de excelência, voltado não só para o atendimento de casos de dengue, zika e chikungunya, mas também para a realização de diagnósticos diferenciais. No entanto, a experiência recente nos mostrou que é possível manter a qualidade do cuidado com uma abordagem descentralizada”, afirmou.
Charbell destacou que 2024 foi o ano com a pior epidemia de dengue já registrada no município, com quase 27 mil casos notificados e quatro óbitos confirmados. “Apesar do alto número de casos, conseguimos manter uma taxa de letalidade extremamente baixa, de apenas 0,0001%. Isso mostra a eficiência da gestão e da estratégia adotada. E muito disso se deve à ampliação da rede de atendimento e à capacitação dos profissionais das UPHs de Travessão, São José, Ururaí, entre outras”, ressaltou.
Durante o período crítico da epidemia, a Prefeitura também implementou um sistema de gestão compartilhada de leitos, integrando unidades como o Hospital Ferreira Machado (HFM), o Hospital Geral de Guarus (HGG) e o Hospital Plantadores de Cana (HPC). “Essa estratégia foi fundamental para garantir o suporte necessário aos casos mais graves e se mostrou extremamente bem sucedida. Agora, vamos seguir fortalecendo essa rede descentralizada, que demonstrou ser eficaz e segura para a população”, afirmou o subsecretário.
Kury reforçou ainda que, mesmo com o fechamento do ambulatório do CRD, o município continuará investindo em capacitação, atendimento clínico qualificado e suporte hospitalar. “A expertise da enfermaria de clínica médica será mantida como referência, assegurando o tratamento adequado dos pacientes com dengue. Além disso, continuaremos produzindo conhecimento científico e acadêmico a partir dessa experiência, mantendo o compromisso com uma saúde pública de qualidade”, concluiu.
A descentralização, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), representa um avanço no modelo de cuidado, ao distribuir responsabilidades e garantir que cada unidade de saúde esteja preparada para atender a população de forma eficiente, humanizada e próxima de sua realidade.
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