A demissão foi assinada por Rodrigo Bacellar, na condição de governador em exercício do Estado. Ele assumiu o cargo com uma viagem de Cláudio Castro ao exterior. Bacellar é o primeiro na linha sucessória desde o mês de maio, quando o vice Thiago Pampolha foi nomeado para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), em uma manobra costurada para dar visibilidade ao presidente da Alerj.
Washington, embora ocupasse um cargo no governo estadual, tem sinalizado a aliados que pode se lançar como candidato em uma chapa de oposição — ao lado de Eduardo Paes. Recentemente, ele apareceu ao lado do prefeito em agendas públicas e postagens nas redes sociais.
Na última segunda-feira, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), comandada por Bacellar, aprovou a convocação de Reis para prestar depoimento em comissões da Casa, sobre o aumento das passagens do Metrô no início do ano. A convocação, aprovada por 39 votos, foi questionada pelo irmão do agora ex-secretário, o deputado Rosenverg Reis (MDB), o que gerou um bate-boca entre ele e Bacellar.
Rosenverg Reis reagiu, afirmando que orientará o irmão a não comparecer. A sessão foi marcada por bate-boca:
"Vou encaminhar pro secretário Washington Reis não vir, vou encaminhar. E como o senhor, que comanda mesmo o estado, que comanda mesmo o estado, eu acho...", disse Rosenverg, que foi interrompido.
"O senhor está falando dirigido para mim", perguntou Bacellar.
Roserverg confirmou: "Sim, senhor, também".
Bacellar respondeu: "Pode instruir o seu irmão da maneira que lhe couber. Acabou o tempo de você achar que o seu irmão manda no estado do Rio".
No decreto que determina a exoneração de Reis, Bacellar também exonerou Kennedy de Assis Martins do cargo de Presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (IPEM-RJ).
Inelegível
STF pode tornar Washington Reis elegível após sugestão de acordo de não persecução penal
Semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes sugeriu ao relator do caso, ministro Flávio Dino, que o ex-prefeito de Duque de Caxias seja beneficiado com um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), a pedido da defesa.
O ANPP é um instrumento previsto no Código de Processo Penal que permite ao Ministério Público propor um acordo ao investigado, encerrando o processo sem a necessidade de julgamento, desde que cumpridas determinadas condições.
Gilmar Mendes destacou que a reparação do dano ambiental, no caso de Washington Reis, poderia ser uma das exigências para a celebração do acordo. Segundo o ministro, a medida contribuiria para uma “restauração mais efetiva” e ajudaria a resolver um processo que, nas palavras dele, é “permeado por fortes controvérsias”.
Caso o acordo seja aceito, Washington Reis deixaria de ser considerado inelegível. A condenação foi o que impediu sua candidatura como vice-governador na chapa de Cláudio Castro nas eleições de 2022. Apesar da decisão judicial, Reis acabou assumindo o cargo de secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro.
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