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Política
'Labubu de governador', 'Não me confunda com o Cláudio Castro' e mais: veja as polêmicas de Rodrigo Bacellar
Deputado está preso na Secretaria de Polícia Federal, no Rio. Decisão do ministro Alexandre de Moraes aponta 'fortes indícios' de que Bacellar atuou para 'obstruir investigações envolvendo facção criminosa'
PUBLICADO POR: REDAçãO 3 | PORTALOZK.COM - 05/12/2025 - 09:32

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O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, foi preso por suspeita de vazar informações de uma operação policial. Bacellar já protagonizou várias polêmicas, incluindo conflitos com o governador Cláudio Castro e o secretário Washington Reis. Acusado de obstruir investigações ligadas ao Comando Vermelho, sua prisão gera tensão política, com deputados hesitando em votar sobre sua situação.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal, por suspeita vazar informações de uma operação ao deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias, preso por ligações com o Comando Vermelho. Desde sua primeira eleição, em 2018, Bacellar acumula anos de poder e influência na política do Rio, mas também de envolvimento em uma série de crises, investigações e polêmicas.

Relembre os principais embates protagonizados pelo deputado estadual.

Durante um bate-boca na Alerj em junho deste ano, Bacellar deixou escapar um comentário em que alfineta diretamente o então aliado político. O episódio aconteceu durante uma sessão em que deputados aprovaram a convocação do secretário estadual Washington Reis (Transportes) para depor à CPI da Transparência da Alerj. Foram 58 votos contra um, do irmão do secretário, Rosenverg Reis.

Claudio Castro e Rodrigo Bacellar em inauguração da Ponte da Integração, que liga São João da Barra ao município de São Francisco de Itabapoana, em fevereiro — Foto: Reprodução

— Anteciparam muito a política do Rio de Janeiro. Foi um grande erro (...). Eu vou encaminhar para o Washington Reis não vir. Como o senhor que comanda mesmo o estado...

Interrompido por Bacellar, que sinalizava o fim do tempo de fala, o deputado levantou o tom. Ao fazê-lo, acabou instigando a resposta de Bacellar com a menção a Castro. Disse Rosenverg:

— O senhor não é o xerife do estado, presidente. Se o senhor manda no estado, o senhor não manda no meu mandato (...). Bacellar, então, rebateu:

— Aqui o buraco é mais embaixo. O senhor tá fazendo ataque pessoal. Comigo não vai, não. Não me confunde com o Cláudio Castro, não. Comigo, você não vai confundir não (…).

A frase foi dita pelo secretário de Transportes Washington Reis, após ter sido exonerado, no início de julho, por Rodrigo Bacellar, que assumia interinamente o Governo do Estado, durante uma viagem de Cláudio Castro a Portugal. O governador estava no avião, incomunicável, no momento da exoneração do secretário. De acordo com pessoas próximas, não foi informado antes do movimento que o aliado faria. Ficará sabendo quando pousar em Lisboa.

— Não considero a exoneração, a assinatura desse rapaz não vale nada. Não foi eleito governador. Não tem tamanho nem para ser síndico de prédio — afirmou, à época, Washington Reis. — O governador me ligou ontem dizendo para eu trabalhar tranquilo, que sou aliado dele. Aí o presidente da Alerj, que é uma vergonha, se comporta dessa maneira. Primeiro com a minha convocação para a CPI da Transparência, que eles desengavetam quando querem para pressionar adversários, e agora com isso.

Bacellar devolveu as críticas de Reis e chamou o agora ex-secretário de "insubordinado":

— Tenho minha forma de fazer política e não posso ter no quadro de secretários, respondendo interinamente pelo governo, um político insubordinado, que não tenho diálogo. Ele já escolheu o lado dele: está com Lula e Paes. Eu estou com Bolsonaro. Agora vamos olhar pra frente e trabalhar — disse Bacellar.

Ao voltar, Castro ainda teria tentado renomear Reis, mas foi pressionado a manter a demissão. No anúncio, disse que o ato de Bacellar foi "desrespeitoso" e "intempestivo", e prometeu a continuidade do embate político nos bastidores.

— Mantenho a exoneração de Washington Reis, mas este assunto será discutido pelos presidentes de partidos do nosso campo político, já que a sucessão ao governo estadual é um projeto de um campo político e não de um desejo pessoal e descoordenado — disse o governador ao g1.

A afirmação foi feita por Bacellar ao se referir ao comandante da Polícia Militar do Rio, Marcelo Menezes, durante uma sessão em setembro. O discurso de 15 minutos enfileirou críticas a diversas figuras da política fluminense, inclusive Eduardo Paes e o antigo aliado, Cláudio Castro.

Durante sua fala, Bacellar chamou o coronel Marcelo Menezes de "labubu do governador", em referência aos chaveiros criados pelo artista Kasing Lung, nascido em Hong Kong, e que se tornaram febre mundial. Ao criticar a agentes do Segurança Presente que ficam em carros com vidros fechados e no utilizando o celular, Bacellar disse que o coronel Menezes precisar "tirar a porcaria dessa farda bonitinha cheia de estrela e ir para a rua no final de semana com a camisa da PM verde e limão", em referência ao uniforme usado pelos policiais durante o policiamento nas praias.

— Aqui a minha crítica eu faço ao comandante-geral da Polícia Militar (Marcelo de Menezes), que parece mais um labubu do governador, porra. Tira essa porcaria dessa farda bonitinha, cheia de estrela, que todo mundo sabe quem é o comandante da Polícia do Estado e vai para a rua no fim de semana. É coisa tão banal e tão fácil de se fazer, basta querer. Se o comandante estiver in loco vai deixar os policiais incomodados para não mexerem no telefone — disse.

Ao voltar no tema segurança pública, Bacellar cobrou um convênio entre a prefeitura e o governo do Rio, sobretudo para aumentar o efetivo na saída das praias. Ele afirmou que Paes e Castro "vivem de vinho por aí para cima e para baixo" e dessa proximidade deveria haver um projeto conjunto.

Autor de um projeto que tenta endurecer o tempo de internação a menores de idade infratores, Bacellar ainda usou o exemplo de seu filho de 15 anos: "Ele sabe a regra lá em casa. Escreveu, não leu. O pau comeu no lombo dele":

— Porque ele já é homem para fazer filho. Para sair no fim de semana e falar papai, posso beber uma vodkinha? Pode, meu filho. Você pode tudo, desde que você tenha responsabilidade. Então, o que vale dentro da minha casa tem que valer para a rua. Não dá mais para assistir o que a gente está vendo — completou.


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