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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho se filiou ao Republicanos na quarta-feira (13). O político anunciou que disputará uma vaga na Câmara dos Vereadores da capital. Em postagem no Instagram, ele afirmou que aceitou o convite do presidente estadual da sigla e prefeito de Belford Roxo, Waguinho.

"Nesse momento assinei a filiação ao Republicanos aceitando o convite do seu presidente estadual Waguinho, apoiado por Marcelo Crivella e pelo presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira. Nos últimos dias vários partidos haviam me convidado, mas minha escolha tem a ver com minha longa de lutas sociais e em defesa dos trabalhadores", publicou.

O Republicanos é o décimo partido que Garotinho, que estava no União Brasil, se filia. Governador do Rio entre 1999 e 2002 e deputado federal entre 2011 e 2015, Garotinho passou por PT, PDT, PSB, MDB, entre outras siglas.

No mês passado, a mulher de Garotinho e também ex-governadora Rosinha foi convidada pelo MDB para concorrer à prefeitura de São João da Barra, na Região Norte, em outubro, num movimento coordenado pelo presidente estadual do partido, Washington Reis. Rosinha já foi prefeita de Campos dos Goytacazes, cidade hoje administrada por seu filho, Wladimir, e que Garotinho também administrou.

“As turbulências em Campos influenciaram minha decisão e volto a morar na cidade do Rio de Janeiro, onde vivi quase 30 anos da minha vida. Lutarei por uma vaga na Câmara de Vereadores da capital do estado que ampliará os debates sobre grandes temas da cidade, do estado e do Brasil”, postou Garotinho, que recentemente tornou públicas, em redes sociais, divergências políticas com Wladimir.

Presidente municipal do PL em Campos, Wladimir Garotinho parabenizou o pai pela filiação ao Republicanos mesmo diante de “discordâncias pontuais”. A relação entre os dois azedou depois que o prefeito ganhou o cargo no partido, deixando o patriarca fora da negociação. “Sua trajetória é brilhante e tenho certeza que será o vereador mais votado da cidade do Rio”, escreveu Wladmir no Instagram.

Garotinho planejou disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2022, mas teve o registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ). Os desembargadores seguiram entendimento que referendou sentença por compra de votos em Campos dos Goytacazes.

O ex-governador foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão por compra de votos nas eleições municipais de 2016. Garotinho respondeu pelos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento público e coação no curso do processo.

Em 2022, todavia, Garotinho conseguiu reverter uma condenação em outro processo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu os efeitos de uma sentença por improbidade administrativa.

O ex-governador do Rio havia sido condenado em 2018 por suposta participação em um esquema que teria desviado de R$ 234,4 milhões da Secretaria de Saúde do Estado entre 2005 e 2006.

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