O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), reafirmou publicamente que não será candidato ao governo do estado em 2026. A declaração foi feita em tom bem-humorado durante entrevista ao programa Fala Lucas Podcast, quando comparou sua permanência na Prefeitura a um premiado filme:
“Não, vou não. Sou candidato a ficar na Prefeitura do Rio. Estou igual aquele filme que ganhou o Oscar: Ainda estou aqui”.
Com isso, Paes tenta encerrar especulações sobre uma eventual candidatura ao Palácio Guanabara, mesmo liderando todas as pesquisas de intenção de voto para o cargo de governador.
A afirmação também repercute nos bastidores da política fluminense, onde seu nome é considerado peça-chave na formação de alianças e cenários para as eleições de 2026.
Liderança nas pesquisas mantém nome em evidência
Apesar da negativa, Eduardo Paes segue como o nome mais forte entre os possíveis candidatos ao governo estadual.
Em levantamentos de opinião já divulgados, ele aparece consistentemente na liderança, superando inclusive figuras da base do atual governador Cláudio Castro (PL), como o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União).
Bacellar, até o momento, é apontado como o principal adversário em potencial do grupo político ligado ao prefeito. Sua articulação para disputar o governo estadual ganhou força após movimentações recentes no Executivo, como as exonerações polêmicas promovidas enquanto exercia interinamente o cargo de governador, durante viagem de Castro ao exterior.
Alianças, Bolsonaro e o cenário indefinido para 2026
Ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Rodrigo Bacellar tenta construir uma candidatura com base na força conservadora que ainda tem influência significativa no estado.
Sua aproximação com nomes da direita bolsonarista, incluindo o próprio Cláudio Castro, indica uma disputa interna pela herança eleitoral do grupo.
Paes, por sua vez, adota um tom mais moderado e atua como liderança do campo democrático-liberal, buscando alianças amplas.
A declaração de que não será candidato ao governo não encerra seu papel na disputa: ao contrário, ele deverá ser protagonista na articulação de um nome viável que represente seu campo político e tenha condições de concorrer com força em 2026.
Prefeito quer concluir mandato e deixar legado
Ao reafirmar que pretende cumprir o mandato até o fim, Eduardo Paes indica que seu foco está na entrega de projetos e obras previstas para os próximos anos, especialmente aquelas ligadas à mobilidade urbana, habitação e revitalização de áreas degradadas da capital.
“Sou candidato a ficar”, disse, reiterando sua intenção de concluir o terceiro mandato como prefeito do Rio — um compromisso que, se mantido, poderá reforçar sua imagem como gestor comprometido com a cidade e ampliar seu capital político para apoiar um sucessor ou assumir outros projetos futuros.
Possíveis desdobramentos e reconfigurações no tabuleiro político
A decisão de Paes — ao menos por ora — de não disputar o governo estadual cria espaço para que outros nomes surjam como alternativas viáveis na corrida ao Palácio Guanabara.
Com isso, o cenário pode se dividir entre um nome apoiado pelo atual prefeito e o grupo de Bacellar e Castro, além de eventuais candidaturas da esquerda, que ainda buscam se reorganizar no estado.
Nos bastidores, especula-se que a negativa de Paes à candidatura seja estratégica, permitindo que ele mantenha influência política sem se antecipar ao calendário eleitoral.
Ao apoiar um nome que represente sua gestão e seu campo ideológico, o prefeito pode continuar sendo um ator central nas eleições sem necessariamente estar na disputa direta.
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