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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu uma conta no BB Americas, filial do Banco do Brasil nos Estados Unidos, em dezembro de 2022, e enviou para lá 75% de todo o dinheiro em conta que ele declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao registrar sua candidatura à reeleição no ano passado.

Ao todo, Bolsonaro informou à Justiça Eleitoral ter R$ 907 mil em duas contas diferentes. Numa, o saldo era de R$ 315,8 mil, na segunda, R$ 591 mil, e a última possuía R$ 92,57. Segundo seus advogados, ele enviou US$ 135 mil para essa conta no exterior, o equivalente a R$ 675 mil.

Procurado, o advogado Fabio Wajngarten, que atua na defesa de Bolsonaro, informou que a transferência foi legal, eletrônica, via Banco Central, e que foi motivada porque Bolsonaro não confia na condução da economia feita pelo governo do presidente Lula (PT).

Em coletiva, na última semana, o advogado Paulo Bueno admitiu a existência da conta e também afirmou que a operação foi legal. "Essa transferência aconteceu da conta do presidente vai Banco Central para uma conta também identificada em nome do presidente nos EUA. Ele acredita que o atual governo não vai conduzir bem a economia. Todo o dinheiro teve trânsito no Banco Central", afirmou.

A conta foi descoberta no âmbito das investigações da Polícia Federal sobre fraudes no cartão de vacinação de Bolsonaro e seus assessores. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, foi preso na Operação Verine, em 3 maio, suspeito de falsificar cartões de vacinação para o ex-presidente e sua própria família.

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