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Terreiro de candomblé é invadido, destruído e furtado no distrito de Atafona, em São João da Barra 
PUBLICADO POR: REDAçãO 3 | PORTALOZK.COM - 23/11/2024 - 10:27

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Um terreiro de candomblé foi invadido, destruído e furtado no distrito de Atafona, em São João da Barra, nessa sexta-feira (22/11). O terreiro de candomblé e umbanda segue sob orientação do Sacerdote Victor ty Exu. O espaço fica localizado na Rua Domingos Teixeira de Macedo. A liberdade religiosa é um direito de todos e garantido constitucionalmente.

“Hoje, dia 22 de novembro de 2024, nós da Tenda Mata Verde João da Mata, Ilê Axé Larô Mobá Inã, fomos vítimas de um ato covarde de terrorismo religioso. Usamos esse termo neste comunicado, porque não se trata apenas de um ato de desrespeito ou discriminação às nossas crenças, mas sim uma ação que envolveu a violação da segurança da nossa casa de axé, depredação dos nossos símbolos religiosos e furto de objetos de valor. Os responsáveis pelo ato tiveram, claramente, a intenção de provocar o sentimento de insegurança e desrespeito à nossa comunidade pela fé que professamos. No entanto, continuamos com a nossa missão de levar o culto à nossa ancestralidade acima de qualquer evento de intolerância e violência. Nos momentos difíceis é que mostramos nossa fé, nossa força e a união da nossa família. Nossa seção de atendimento ao público hoje está confirmada, com os portões abertos para atender a todos. Que o sagrado nos abençoe sempre. Axé”, disse em comunicado Victor. 

O caso é investigado pela Polícia Civil da cidade. 

A intolerância religiosa contra a Umbanda e o Candomblé é um problema que se manifesta por meio de preconceito, discriminação e ataques a espaços de culto. Essas práticas são historicamente associadas ao racismo e à escravidão, e podem ser sutis e cotidianas. 

Alguns exemplos de intolerância religiosa contra a Umbanda e o Candomblé são:

Demonização das divindades cultuadas 

Recusa em vender flores para terreiros de candomblé 

Levantamento de assentos no transporte público para evitar sentar-se ao lado de praticantes de religiões africanas 

Desrespeito 

Agressões físicas e verbais 

Para denunciar casos de intolerância religiosa, é possível:

Ligar para o Disque 100, que funciona 24 horas por dia

Quais são os principais crimes de intolerância religiosa? E por que eles ainda ocorrem com frequência?

Observamos muito em ocorrências pessoas que querem ofender utilizando termos como macumbeiro, em discussões. Também existem conflitos que envolvem disputas por território, brigas por conta de vestimentas tradicionais. As religiões de origem africana sofrem mais depreciação do que as demais no Distrito Federal. Os templos de umbanda e candomblé, por exemplo, são alvo de muitas reclamações. As pessoas falam serem locais com muito barulho, mas temos templos de outras religiões que também emitem muito som e não são denunciados. Isso é uma forma de preconceito, acredito, como socióloga. Tudo está relacionado a conceitos antigos, lá do tempo da escravidão, quando se tinha a visão de que a população negra era desvalorizada. Desde então, tudo o que está relacionado a essa população vem sendo considerado algo inferior por quem ainda tem uma visão ultrapassada.

Há um aumento gradual no número de crimes ou os números se mantêm?

Cada vez mais as pessoas sabem que existe uma delegacia especializada para atender conflitos de qualquer tipo de religião, então acaba que o número de ocorrências pode aumentar. Mas temos que considerar vários fatores para analisar isso. Um deles, por exemplo, é que estamos fazendo há um bom tempo um trabalho de conscientização para mostrar que é crime. Antes, as pessoas achavam que as intolerâncias não eram crimes e acabavam não registrando boletim de ocorrência. Não quer dizer que a intolerância está aumentando, quer dizer que as pessoas estão procurando a polícia para denunciar. Para diminuir os crimes, devemos fazer um trabalho de desconstrução. É um trabalho do Estado, das escolas, da cultura e da imprensa, por exemplo, que estamos realizando.

 

 


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