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A REPORTAGEM FOI ATUALIZADA ÀS 11h51!

A madrugada desta quarta-feira (29) foi marcada por uma cena de horror no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Moradores levaram pelo menos 72 corpos até a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais vias da região, após os intensos confrontos ocorridos durante a megaoperação policial que, segundo o governo do estado, já é a mais letal da história do Rio de Janeiro.

Na noite anterior, o governo havia informado que 60 suspeitos e 04 policiais morreram durante a ação conjunta nas comunidades da Penha e do Complexo do Alemão. Entretanto, o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, declarou nesta quarta-feira que os corpos levados pelos moradores não estão incluídos na contagem oficial.

Os corpos foram encontrados em uma área de mata conhecida como Vacaria, na Serra da Misericórdia, local onde ocorreram alguns dos confrontos mais intensos entre as forças de segurança e traficantes fortemente armados. Moradores relataram que ainda haveria mais vítimas no alto do morro aguardando remoção.

Segundo relatos, o traslado dos corpos até a praça teve como objetivo facilitar o reconhecimento por familiares, diante da dificuldade de acesso às áreas mais altas e do medo de novos tiroteios.

Diante da situação, a Polícia Civil informou que o atendimento oficial às famílias está sendo realizado no prédio do Detran/RJ localizado ao lado do Instituto Médico Legal (IML), desde às 08h desta quarta-feira. O acesso ao IML é restrito a equipes da Polícia Civil e do Ministério Público, responsáveis pelos exames periciais e identificação dos corpos.

As necropsias de outros casos sem relação com a operação estão sendo encaminhadas para o IML de Niterói, à fim de evitar sobrecarga e garantir a segurança dos familiares durante o processo de reconhecimento.

Se confirmada a ligação dos novos corpos com os confrontos de ontem, o número total de mortes pode ultrapassar 130, configurando-se como o episódio mais sangrento já registrado em uma ação policial no estado do Rio de Janeiro.

A megaoperação mobilizou centenas de agentes das polícias Civil e Militar, com apoio de blindados, helicópteros e equipes das Forças de Segurança Nacional. O governo estadual justificou a ação como uma resposta a ataques recentes de facções criminosas contra policiais e civis na capital fluminense.

POLICIAMENTO SEGUE REFORÇADO NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO
Por determinação do governador Cláudio Castro, o policiamento segue reforçado desde ontem em todo o território do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (29), com objetivo de garantir a tranquilidade e o direito de ir e vir da população fluminense, com atenção especial às principais vias expressas, zonas Norte e Sudoeste, acessos à Região Metropolitana e modais de transporte público. A medida ocorre em continuidade às ações integradas de segurança deflagradas nesta semana, que resultaram em uma das maiores ações já realizadas no estado, a Operação Contenção.

"O que mais importa para nós é a segurança da população. Os nossos agentes estão em estado de prontidão, ontem garantindo o retorno das pessoas para casa, e hoje, nosso foco é conduzir o dia com ordem, de volta para a normalidade. Vamos seguir com rigor e comprometimento para proteger os direitos dos nossos cidadãos", afirmou o governador Cláudio Castro.

Como parte das medidas estratégicas, os agentes do serviço administrativo da Polícia Militar foram realocados para o serviço operacional nas ruas. Esse aumento representa mais de 40% de incremento no efetivo empregado em patrulhamento, ampliando a presença da corporação em diversas regiões da cidade.

"Hoje, nosso foco é o restabelecimento da ordem e a garantir da segurança da população. A Polícia Militar está empregando todos os recursos necessários para assegurar que o cidadão fluminense possa exercer seu direito de ir e vir com tranquilidade. Seguiremos atuando com comprometimento para preservar a paz e a normalidade nas ruas do nosso estado", disse o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.

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