Durante a coletiva que marcou o encerramento das investigações sobre a chacina em Itaperuna, a delegada Natália Patrão, chefe do 6º Departamento de Polícia de Área do Estado do Rio, fez um alerta sobre o uso de celulares e jogos violentos por adolescentes.
Segundo Natália, muitos pais acabam estimulando o isolamento dos filhos ao equiparem quartos com computadores avançados e iluminação especial, sem monitorar o conteúdo que consomem. “A missão do pai é evitar ao máximo esse ambiente, não contribuir. A neurociência mostra que a exposição à violência extrema gera dessensibilização: o cérebro se acostuma, festeja a morte, ganha ponto, fica feliz”, explicou.
Ela destacou ainda que é comum os pais acompanharem de perto a rotina de crianças pequenas, mas perderem o controle quando os filhos crescem. “Os pais se interessam pelos filhos de 4, 5 anos, mas precisam se interessar também pelos de 14, 15. Os jogos de violência estão cada vez mais reais. Nunca vamos saber o quanto esse ambiente contribuiu para tudo o que aconteceu, mas sabemos que o garoto estava há seis anos se relacionando com essa menina e os pais nem sabiam se ela existia”, disse.
Natália também citou exemplos de desafios perigosos encontrados na internet, como conteúdos que incentivam automutilação e enforcamento, e lembrou que na Austrália já existe lei proibindo o uso de celulares por menores de 16 anos.
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