Depois de se entregar na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na tarde desta segunda-feira (17), Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, apontada como mandante da execução de Laís de Oliveira Gomes Pereira, ficou em silêncio durante depoimento. Para seus advogados, ela admitiu participação no crime, mas negou que tenha ordenado o crime.
Em declaração a jornalistas, na porta da DHC, o advogado Diogo Macruz, que buscou Gabrielle na Região dos Lagos, onde ela estava escondida, destacou que a decisão de se entregar partiu exclusivamente da cliente. Ele também compartilhou a versão dela quanto a não ser a mandante do assassinato de Laís, que era mãe da filho do atual companheiro da suspeita. Ter a guarda da criança, inclusive, teria sido a motivação do crime, de acordo com as investigações.
"A Gabrielle ficou calada a maior parte do tempo, mas fez questão de dizer que não conhece duas ou três pessoas citadas nos autos. Ela admite que teve alguma participação, sim, mas não da maneira que estão falando. Isso eu pretendo verificar quando liberarem o inquérito. Mas acredito que ela esteja entre os intermediários. E que haja outro ou outra mandante", afirmou o advogado.
Já o delegado Robinson Gomes, da DHC, ressaltou que as provas colhidas até o momento não deixam dúvida de que Gabrielle mandou matar Laís: "Acredito que não há dúvida de que ela seja a mandante. Pelos depoimentos, conversas em celulares... Enfim, a investigação está muito robusta, e a partir disso, vamos pedir a prisão preventiva dela e dos outros envolvidos".
Gomes ainda acredita que Gabrielle preferiu se entregar por temer pela própria vida, sobretudo após um episódio em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense: "O que temos de informação é que um amigo deu abrigo a ela no sábado (15), em Saracuruna, e depois que ela foi para um outro lugar, traficantes estiveram na casa dele perguntando porque ele havia recebido a Gabrielle".
Sobre uma suposta mudança no visual de Gabrielle, divulgada pela própria Polícia Civil, e que não veio a se confirmar no momento em que ela se entregou, já que permanecia com cabelo loiro e comprido como antes do crime, o delegado comentou: "Não sei se essa foto com outro visual é antiga, e ela fez isso para despistar a polícia".
Gabrielle é a quarta pessoa envolvida no crime a ser detida. Na última sexta-feira (14), agentes da especializada prenderam Ingrid Luiza Marques, acusada de intermediar a conversa entre a mandante e David de Souza, responsável por atirar na nuca de Laís. Ele havia se entregado na segunda (10). Três dias antes, fora a vez de Erick Santos Maria, que conduziu a moto usada no homicídio.
De acordo com as investigações, a suspeita demonstrava comportamento possessivo em relação à filha de Laís e ofereceu cerca de R$ 20 mil para que Davi e Erick matassem a vítima. Nas redes sociais, Gabrielle agia como a mãe da garota.
Relatos dão conta de que ela fazia uma espécie de competição e rivalizava o relacionamento das duas, inclusive com festas de aniversário. De acordo com a Polícia Civil, ela chegou a entrar com um pedido de guarda exclusiva, que não foi atendido pela Justiça.
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