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Polícia
'Arrancaram a cabeça do meu sobrinho e deixaram pendurada em uma árvore', diz moradora do Complexo do Alemão
PUBLICADO POR: REDAçãO 1 | PORTALOZK.COM - 29/10/2025 - 18:49

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A manicure Beatriz Nolasco afirmou que policiais teriam arrancado a cabeça do seu sobrinho, de 19 anos, durante a operação mais letal da história do Brasil ontem, nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio

A cabeça de Yago Ravel Rodrigues foi arrancada e colocada em uma árvore, afirmou Beatriz às jornalistas Isabela Aleixo e Eduarda Esteves, do UOL. "[Ele foi] decapitado pelo Bope, Core. Não sei quem foi que fez isso com ele, sendo que meu sobrinho não tinha um tiro no corpo. Apenas arrancaram a cabeça dele e deixaram na mata", detalhou a manicure, que vive no Complexo do Alemão há 15 anos.

Segundo a tia, Yago não tinha envolvimento com o crime. Ela afirmou que ele trabalhava como mototáxi e nunca havia sido preso. "O corpo de um lado e a cabeça dele pendurada em uma árvore", lamentou. A reportagem não conseguiu confirmar a informação.

A manicure disse ainda que as autoridades não permitiram que os familiares procurassem os corpos. "A gente queria oferecer alguma ajuda, tinha muita gente viva na mata, policial dando tiro em cima de morador. A polícia entrou no Complexo do Alemão para fazer uma chacina", denunciou.

A família descobriu que Yago estava morto após reconhecê-lo em um vídeo que circula nas redes sociais. "Eu fiquei sabendo da localização do corpo do Ravel por um vídeo rodando, quando um homem pegou a cabeça dele e colocou em um saco. Um morador, porque todo mundo se juntou para colocar os corpos em lençóis", acrescentou Beatriz Nolasco.

Rabecões e familiares começaram a chegar para identificação dos mortos e clima foi de angústia. Parentes dos mortos enfrentaram uma longa espera para fazer o reconhecimento dos corpos. Desde a manhã, eles estão sendo encaminhados para a sede do Detran, ao lado do IML do Centro, onde devem pegar uma senha e aguardar pelo atendimento. A Defensoria Pública montou uma estrutura e acompanha a situação junto aos familiares.

A moradora Aline Alves da Silva não tem notícias do irmão, Alessandro Alves da Silva. A família aguarda no Detran por informações na tentativa de localizar o corpo. A polícia civil do Rio de Janeiro, responsável pela perícia dos corpos, não deu previsão para conclusão do trabalho de reconhecimento dos corpos.

A moradora Tamara Ferreira diz que o pai de seu filho, Nelson Soares, 29 anos, morreu na operação. Ela disse que a polícia impediu os moradores de entrar na mata em busca dos corpos, com tiro e spray de pimenta, e que foi ela quem resgatou o corpo dele durante a noite com a ajuda de outros moradores.

Tharsiellen Teixeira Francisco também tem filho com esse mesmo homem. Ela ressaltou que muitos homens foram encontrados sem roupa, e denunciou que a polícia teria tirado tudo deles. "A gente sabe que a vida que eles escolheram é errada, mas o que eles [polícia] fizeram é errado. Eles são seres humanos também [os mortos]. As mães que viram seus filhos do jeito que viram? é errado, gente. Isso é errado. Não adianta. Eles foram covardes porque eles só fazem isso com a gente. Eles só entram dentro da nossa favela pra destruir família. Podiam levar preso, porque muitos se renderam. Eles não, eles mataram. Eles preferiram tirar a vida", afirmou.

O Secretário cita 'fraude' e diz que investigará quem tirou corpos da mata. O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que vai abrir um inquérito para investigar a retirada dos corpos dos mortos durante a operação da mata.

Felipe Curi, secretario estadual da Polícia Civil, citou "fraude processual" em relação às retiradas dos corpos. Até o momento, mais de 70 cadáveres foram encontrados por moradores e retirados de regiões de matagal no Complexo da Penha, na zona Norte do Rio.

Curi disse que os corpos expostos em vias públicas foram manipulados. Segundo o delegado, os corpos foram retirados do mato e despidos, pois existiriam vídeos comprovando que os mortos estavam com roupas camufladas e aparatos de guerra durante a operação. O pronunciamento aconteceu durante entrevista coletiva com a cúpula da segurança pública fluminense para apresentar balanço da Operação Contenção, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão.

O secretário não explicou por qual motivo os corpos permaneceram no mato durante a noite. Os corpos só foram retirados após exposição em praça pública.


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