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Um homem preso injustamente por nove anos, condenado por latrocínio, foi absolvido em junho de 2024 após revisão criminal e solto pela Justiça. Esse foi o drama vivido por Everton Rodrigues da Silva, de 30 anos, acusado de ser autor de um latrocínio na praia de Farol de São Thomé no ano de 2014, em Campos.

À época, o homem, com 19 anos, foi preso três dias após o crime, apontado pela investigação como o autor, com dados em depoimentos de testemunhas que afirmaram terem visto ele na cena do crime.

"Dia 11 de março de 2014, eu estava na praia de Farol, passando o verão, quando fui abordado por policiais civis, que pediram para tirar uma foto minha. Pediram para eu acompanhar eles até a delegacia, era um dia de sexta-feira. Não tinha mandado. Eu trabalhava em São João da Barra, chegando ao serviço, um dia de segunda-feira, me ligaram da delegacia afirmando ter um mandado. Alegaram que teriam uma filmagem, mas no dia da audiência não foi apresentada. A juíza afirmou que não havia as imagens no processo", contou Everton.

Inicialmente, Everton Rodrigues cumpriu a pena no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca e no Complexo de Bangu. O advogado de defesa, Patrick Benedito, se empenhou no caso e conseguiu a comprovação de irregularidades no processo, tendo como resultado a revisão criminal.

"Eu cuidei de todos os meus sobrinhos, quando fui preso, a mãe da minha filha estava grávida de três meses. Eu não pude curtir a gravidez, fui impedido. Foram anos tentando provar a minha inocência. Uma sensação de alívio, poder estar finalmente caminhando sem dever nada. A Justiça foi finalmente feita", disse Everton.

"Analisando o caso, eu percebi várias irregularidades, como as duas testemunhas serem menores de idade. Pedimos uma retratação. Conseguimos resolver e elucidar esse caso", declarou o advogado de defesa, Patrick Benedito.

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