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Justiça
Veja a íntegra da decisão do Ministro Alexandre de Moraes que prendeu o Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar
PUBLICADO POR: REDAçãO 4 | PORTALOZK.COM - 03/12/2025 - 16:26

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo da Silva Bacellar, em decisão assinada em 28 de novembro de 2025. Ele é acusado de vazar informações sigilosas e orientar a fuga do então deputado estadual Thiego “TH Joias”, investigado por ligações com a facção Comando Vermelho. 

VEJA A ÍNTEGRA DA DECISÃO

Segundo a decisão, Bacellar teria atuado para frustrar o cumprimento de mandados da Operação Zargun, deflagrada pela Polícia Federal em 3 de setembro de 2025, e ainda teria influência direta sobre setores estratégicos do governo estadual capazes de interferir nas investigações. 

A ordem judicial também determinou o afastamento imediato do deputado da presidência da Alerj e a expedição de mandados de busca e apreensão em imóveis no Rio, Campos dos Goytacazes e Teresópolis, além de gabinetes ligados ao parlamentar. 

Conversas e orientação para esconder provas
No aparelho celular de “TH Joias”, apreendido pela PF, foram encontradas mensagens que revelariam conhecimento prévio de Bacellar sobre a operação e orientações sobre a remoção de objetos da casa do alvo, um dia antes da ação.

A Polícia Federal destacou que Bacellar aparece como o primeiro contato enviado por TH em uma mensagem de “comunicação urgente”, citada como evidência de proximidade e gravidade da atuação. 

“A atuação de RODRIGO BACELLAR teve o condão de frustrar o sucesso da operação policial (…) evidenciando direcionamento das ações de TH”,
afirma a PF no pedido acolhido por Moraes.

No dia da operação, às 06h03, TH Joias enviou a Bacellar uma foto do sistema de câmeras que mostrava agentes federais no interior do imóvel alvo da operação. 

Ligação com o Comando Vermelho
A PF aponta que TH Joias tinha relação direta com a cúpula do Comando Vermelho, participando de operações de branqueamento de capital, compra de armas e apoio logístico às ações da facção.

O objetivo das medidas judiciais seria interromper a atuação criminosa infiltrada no poder público fluminense, segundo trecho da decisão: “Esse é o retrato perfeito da espoliação dos espaços públicos de poder pelas facções criminosas no RJ”, trecho da decisão de Moraes.

Crime permanente e risco de interferência
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se a favor da prisão, alertando para:
- Risco real de continuidade de crimes
- Capacidade de fuga do parlamentar
- Influência política que poderia intimidar testemunhas e agentes públicos

Moraes afirmou que a prisão se justifica para:
- Garantir a ordem pública
- Proteger a instrução criminal
- Impedir reiteração delitiva

A decisão sustenta que os crimes são inafiançáveis, o que autoriza a prisão em flagrante de parlamentar, conforme jurisprudência do STF. 

Gabinete político atuou para blindar deputado, diz PF
A PF descreve que logo após a deflagração da operação, houve uma “manobra regimental célere” para substituir TH Joias, então suplente, com retorno imediato do titular ao mandato, em ato que remeteria à chamada “Carta Picciani”.

Para os investigadores, essa atuação teria como objetivo: “Proteção de agentes políticos aliados à organização criminosa”
— Representação da PF.

Outros alvos: assessor recebe tornozeleira
Além de Bacellar, também é alvo da operação Thárcio Nascimento Salgado, assessor do deputado, acusado de ajudar TH a se esconder em apartamento na Barra Olímpica. 

Contra ele, Moraes impôs medidas cautelares, como:
- Monitoramento por tornozeleira
- Recolhimento domiciliar noturno
- Proibição de sair do país e do uso de redes sociais

O descumprimento pode levar à prisão. 

Endereços alvos de busca
A decisão lista diversos imóveis ligados aos investigados, incluindo:
- Residência em Botafogo (RJ)
- Condomínio de luxo em Campos dos Goytacazes
- Palácio Tiradentes e Rua da Ajuda (gabinetes da Alerj)
- Endereço em Teresópolis

Também foi autorizada a apreensão e análise de celulares, computadores, documentos e valores acima de R$ 10 mil. 

Ação integrada e prioridade
O STF determinou ainda:
- Oitiva urgente dos investigados
- Compartilhamento de dados com o TRF-2
- Levantamento de registros de acessos a documentos administrativos que resultaram em exonerações e nomeações no Executivo do RJ durante a operação

Próximos passos
O ministro determinou que a PF apresente relatório parcial em 30 dias, priorizando análise de material apreendido. 

A Alerj será notificada para decidir sobre a manutenção da prisão do parlamentar. 


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