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Cão Sem Plumas, da Cia. de Dança Deborah Colker, quarta e quinta no Trianon, em Campos
Apresentações acontecerão sempre às 20h. Espetáculo foi ganhador do Prêmio Prix Benois de la Danse, em 2018, considerado ?o Oscar? da Dança
PUBLICADO POR: REDAçãO 3 | PORTALOZK.COM - 10/03/2025 - 10:53

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O Teatro Municipal Trianon abrirá sua temporada 2025 com o espetáculo “Cão Sem Plumas”, da Cia. de Dança Deborah Colker. As apresentações acontecerão nesta quarta-feira (12) e quinta-feira (13), sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 15 (meia e funcionários da Petrobras) e R$ 30 (inteira), e estão à venda AQUI (https://megabilheteria.com/evento/temporada?id=20220919194729)  e na bilheteria do teatro – que funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, com o WhatsApp (22) 98131-0477 para informações e esclarecimento de dúvidas.

Deborah Colker faz, em “Cão Sem Plumas”, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno.

“O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah. O espetáculo foi ganhador do Prêmio Prix Benois de la Danse, em 2018, considerado "o Oscar" da Dança, na categoria coreografia.

A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como “Amarelo Manga”, “Febre do Rato” e “Big Jato” – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 14 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram, durante 24 dias, do limite entre sertão e agreste até Recife.

Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de “Geografia da Fome e Homens e Caranguejos”, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mescla regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.

Apresentado pelo Ministério da Cultura, Petrobras e Instituto Cultural Vale, “Cão Sem Plumas” passará por Campos com o apoio institucional da Prefeitura, por meio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL).

 


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