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Nesta quinta-feira (22), os municípios produtores de petróleo e gás recebem a verba dos royalties referentes à produção do mês de março. Os valores, que vêm com alta em relação ao que foi pago em abril, com referência à produção de fevereiro, estão sendo repassados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), após os cálculos feitos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Para Campos dos Goytacazes, por exemplo, o valor de R$ 45.849.813,55 é cerca de 12% superior aos R$ 40.975.658,78 repassados no mês anterior. Os percentuais de aumento em relação a abril diferem, sob influência de algumas variáveis. Abaixo, seguem os valores repassados a alguns municípios da região, baseados nos cálculos da ANP.

— São João da Barra – R$ 18.148.850,30, enquanto em abril o recebido foi de R$ 15.848.683,22 — alta de 14,5%.
— Macaé – R$ 80.200.970,14 – alta de 14,4% se comparado a março, R$ 70.125.302,03.
— São Francisco de Itabapoana – R$ 4.300.113,18, valor 21,1% maior que o mês passado, de R$ 3.551.314,96 milhões.
— Quissamã – R$ 11.516.300,04, crédito 8% maior que abril, de R$ 10.664.185,39 milhões
— Rio das Ostras – R$ 14.904.775,04, valor % maior que o anterior, de R$ 13.040.269,92 milhões
— São Fidélis – R$ 1.771.717,13, enquanto mês passado o repasse foi de R$ 1.550.741,03 – 14,2% a mais.

O superintendente de Petróleo e Gás de São João da Barra (SJB), Wellington Abreu, faz uma avaliação dos valores repassados após a influências de variáveis do mercado englobando o setor.

“Em maio de 2025 os repasses de royalties aos municípios produtores tiveram leve alta, impulsionados pelo aumento da produção em março (mais dias úteis), apesar da queda no preço do petróleo e da desvalorização cambial. No entanto, o cenário global permanece volátil, com cotação do barril caindo para US$ 60–66 devido a fatores como aumento da produção da OPEP+, desaceleração chinesa e incertezas econômicas”, explica.

O especialista observa ainda que o momento é de cautela, em função das instabilidades do setor observadas nos últimos meses.

“Os repasses acumulados em 2025 estão abaixo das expectativas para São João da Barra, com impacto maior para os municípios de Campos, Macaé e Rio das Ostras, onde a interdição da plataforma P-53 deve reduzir ainda mais os valores em junho. Recomenda-se gestão fiscal cautelosa, com corte de gastos e revisão de investimentos, além de monitoramento do mercado e articulação política em Brasília para defender a distribuição dessas receitas essenciais”, conclui Wellington Abreu.

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