Um morador de Campos teve sorte — e não teve ao mesmo tempo — ao apostar R$ 10 mil que sairia um gol ainda no primeiro tempo no jogo entre Botafogo e Vasco, ocorrido na última quarta-feira (05), onde o time da estrela solitária venceu por 3 a 0 pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A.
O campista Matheus Galacio entrou nas redes sociais e comentou o caso. Ele levou o caso a público e acionou, inclusive, advogado para tomar as medidas cabíveis. Bem orientado, Matheus entrou em contato com o SAC da Betano, gravando toda a ligação, bem como fez contato via e-mail com a Ouvidoria da empresa de apostas habilitada a atuar no Brasil, tendo recebido algumas respostas. A primeira delas dizia que Matheus deveria ficar tranquilo que o caso seria analisado e dentro do prazo de dez dias úteis ele teria o retorno. "No entanto, não se preocupe, não levará todo esse tempo". E não levou mesmo. Por volta das 22h de ontem (06), uma resposta nada animadora chegou ao e-mail do campista: "Aposta Anulada".
Com o e-mail dizendo que a aposta foi anulada, Matheus voltou ao site da Betano e verificou, tendo confirmado a triste notícia. Ao entrar em contato com a Betano, ele ouviu do atendente que, após a Betano constular o próprio VAR (Video Assistant Referee / Árbitro Assistente de Vídeo no futebol), ou seja, fazer uma revisão, decidiu anular a aposta vencedora e devolver os R$ 10 mil apostados pelo campista. Algo não condizente com o que deveria fazer a empresa de apostas, uma vez que o gol saiu no primeiro tempo, conforme apostado e comprovado pelo Matheus. "O que aconteceu é que o VAR revisou, não foi exatamente o gol, mas as circuntâncias que ocasionou o gol de pênalti. No caso, o setor responsável identificaram e deram a resposta que seria anulada a aposta mesmo", disse o atendente da Betano via telefone. Matheus questionou, dizendo que se ele perdesse os R$ 10 mil, não haveria devolução, mas como ele ganhou (R$ 72 mil), a Betano decidiu por ela mesma, sem critério nenhum, anular a aposta ao invés de pagar o prêmio.
"Se eu apostei em sair o gol no primeiro tempo e saiu o gol, então vocês têm que pagar. Se o juiz deu (o gol), vocês têm que pagar. Eu não fiz a aposta quando entrou o VAR, eu não fiz a aposta após sair o gol. Eu fiz a aposta bem antes. E saiu o gol, então vocês têm que pagar, entendeu? Não é vocês chegarem e falarem simplesmente que analisou e não vai pagar. Isso não existe", disse Matheus durante nova ligação com o SAC da Betano.
Por volta da meia-noite, a Betano enviou um novo e-mail para o Matheus dizendo que a aposta infringiu o termo de regra número 3.1.81.3, que, segundo o site da empresa de apostas, "refere-se especificamente a apostas feitas durante um incidente que leva a uma revisão do VAR (Video Assistant Referee). A regra estipula que as apostas feitas entre a ocorrência de um incidente que resulte em uma revisão do VAR e a decisão relacionada ao VAR serão consideradas nulas (void), a menos que: a revisão do VAR (e a decisão subsequente) não altere, em última instância, a decisão tomada pelos árbitros em campo originalmente. A revisão do VAR (e a decisão subsequente) altere a decisão dos árbitros em campo, mas o resultado da aposta em questão não seja afetado por essa alteração. Essa regra visa garantir a justiça e a integridade das apostas ao vivo, anulando aquelas feitas em um período de incerteza do jogo que poderia dar uma vantagem indevida ao apostador, caso ele soubesse (ou tivesse fortes indícios de) qual seria a decisão final após a revisão".
O portalozk.com, de posse dessa afirmação enviada pela Betano ao campista Matheus, acessou a transmissão do jogo na plataforma Amazon Prime Vídeo, detentora dos direitos de transmissão da partida com exclusividade, e analisou as imagens a partir do minuto 43 com 25 segundos. O Botafogo avançava pela direita, acessando a área do Vasco, quando, aos 43 minutos com 41 segundos, o juiz marcou pênalti para o Botafogo, após Joaquín Correa driblar e ser derrubado pelo zagueiro Carlos Cuesta dentro da área. Após muita reclamação dos jogadores do Vasco, o pênalti foi convertido pelo atacante do Botafogo, Alex Telles, aos 46 minutos com dez segundos, SEM REVISÃO E/OU INTERVENÇÃO DO VAR.
O caso será ajuizado na Justiça de Campos e novos desdobramentos deverão ser divulgados por Matheus nas redes sociais. O espaço está aberto para a Betano se manifestar.
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