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Nos últimos anos, a popularidade dos espaços de coworking estourou no Brasil, atraindo desde freelancers até startups com a promessa de maior flexibilidade, redução de custos e oportunidades de networking. Grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aderiram à novidade e apresentam hoje centenas de opções para profissionais de diversas áreas.

Essa migração rumo aos espaços de trabalho compartilhados, contudo, chamou a atenção também de outra classe de indivíduos: os cibercriminosos. Isso, em combinação com o fato de o Brasil ser um dos países mais visados para ataques de hackers, vem fazendo com que os trabalhadores se vejam forçados a, por bem ou por mal, melhorar seus esforços de segurança cibernética.

Os perigos ocultos do Wi-Fi público

Uma das vulnerabilidades mais comuns e perigosas nos espaços de coworking é o uso de redes Wi-Fi compartilhadas. Como muitos locais oferecem uma senha única para todos os usuários ou, pior ainda, dependem de conexões públicas desprotegidas, eles são o ambiente perfeito para interceptações de tráfego por criminosos cibernéticos. Com isso, e-mails confidenciais, credenciais de redes sociais e dados financeiros acabam ficando expostos em segundos.

Para lidar com essa ameaça, o uso de uma rede virtual privada (VPN) não é apenas recomendado, é algo essencial. Uma VPN Windows ou macOS criptografa toda a sua conexão com a internet, protegendo seus dados contra terceiros em redes públicas. Ela também esconde o seu endereço IP, adicionando outra camada de proteção para usuários que lidam com informações confidenciais comerciais ou de clientes.

Protegendo dispositivos e dados físicos

Além da conexão desprotegida, a segurança física é outro elemento frequentemente negligenciado em escritórios compartilhados. Não é incomum, por exemplo, que as pessoas deixem seus computadores ou celulares sem supervisão, ou que os conectem a impressoras compartilhadas sem pensar duas vezes. Infelizmente, esses hábitos deixam os dispositivos vulneráveis ??a roubo ou contaminação com vírus. Afinal, não é nada difícil que alguém com más intenções insira um USB malicioso, instale malware ou obtenha acesso backdoor ao sistema das vítimas antes mesmo que ela perceba.

Para evitar esses riscos, precauções simples são fundamentais. Especialistas recomendam sempre bloquear a tela ao se afastar da mesa, preferencialmente usando senhas fortes ou métodos baseados em biometria. Caso seja necessário manusear material confidencial, é melhor evitar imprimi-lo em máquinas compartilhadas ou deixá-los espalhados sobre as mesas. E, sempre que possível, deve-se escolher espaços de trabalho que ofereçam armazenamento com fechadura ou salas privativas com acesso controlado.

Melhores práticas para ambientes de coworking

Para minimizar os perigos cibernéticos oferecidos pelos espaços de coworking, além da vigilância pessoal, os profissionais devem adotar medidas básicas de segurança, como:

• Usar apenas redes privadas criptografadas. Uma das questões mais importantes a se fazer ao provedor de coworking, nesse sentido, é conferir se ele oferece VLANs seguras ou Wi-Fi protegido por WPA2/WPA3.
• Instalar antivírus e firewalls, uma vez que eles fornecem defesas cruciais contra malware e acesso não autorizado.
• Habilitar a autenticação multifatorial, pois ela fornece uma proteção adicional para todas as contas e serviços críticos.
• Fazer backups regulares, dando preferência a soluções de armazenamento criptografado em nuvem.

Com hábitos inteligentes e uma boa dose de precaução, os profissionais podem aproveitar ao máximo a flexibilidade dos espaços de coworking – sem sofrer com os riscos de cibersegurança que o acompanham.

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