Desde sempre, a luta por igualdade e contra o racismo faz parte da forte trajetória dos negros e, também, da construção cultural do Brasil- como um todo. Por isso, não apenas o dia 20 de novembro, mas, todo o mês é conhecido como “mês da Consciência Negra”. Uma forma para lembrar o líder Zumbi “dos Palmares”. Este que viveu e morreu por uma causa que é manifesta até os dias atuais.
Desta vez, para dar um rosto a esta matéria, o portalozk.com foi conversar com Cristiane Monteiro Roscado, de 54 anos, Coordenadora de Igualdade Racial e Presidenta do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), que reforça:” a luta por igualdade e respeito deve acontecer todos os dias do ano.
De acordo com a história que é ensinada, este mês remete a um tempo de memória, reflexão e retomada. Porém, para a entrevistada: “Não é um mês de comemoração, é um mês de lembrar nossos ancestrais e reconhecer tudo o que construímos, mesmo diante do racismo”, afirma. Segundo ela, a consciência negra deve ser um compromisso permanente. “Nossa história não cabe apenas em novembro, porque ser negro é existir e resistir todos os dias”, relata.
Cristiane busca trabalhar para colocar a teoria em prática, todos os dias de sua vida. À frente da Coordenação de Igualdade Racial de São João da Barra e do COMPIR, ela anseia em construir políticas públicas que valorizem o povo negro, combatendo o racismo de maneira constante e incessante. “Criamos rodas de conversa, formações e escutas sensíveis, fortalecendo o diálogo com escolas, movimentos e comunidades. É sobre fazer com que a luta antirracista seja política pública viva, sentida no território, nos serviços e nas relações do dia a dia”, destaca.
Marielle Franco
A ativista tem na bagagem o prazer de carregar o legado da saudosa Marielle Franco- referência de coragem e representatividade. “Ocupar uma cadeira que leva o nome de Marielle é um compromisso diário com a coragem e com a vida das mulheres negras que vieram antes de nós. Marielle é semente — e seguimos fazendo essa semente florescer com trabalho, afeto e resistência”, ressalta.
Projetos
A fim de promover acolhimento e impactar, existe o projeto de grande impacto “Mulheres que transformam Vidas”. Uma iniciática que escuta, recebe e cuida para fortalecer mulheres negras. “Quando uma mulher negra se fortalece, muitas outras também se levantam. Esse projeto é sobre cura, afeto e reconstrução. É onde as mulheres percebem que suas histórias importam e que são protagonistas da própria vida”, explica.
A Consciência Negra não se resume a um único mês, mas a toda uma história que é alicerce do Brasil. É falar sobre a cultura afro-brasileira sem reservas. Com dignidade e orgulho: não apenas de uma cor ou raça, mas, antes de tudo, de vidas. “Que sigamos de cabeça erguida, com orgulho da nossa cor, da nossa história e da nossa ancestralidade. Ser negro é existir com beleza, coragem e potência. E o mundo precisa da nossa luz”, conclui.
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