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O Departamento de Vigilância Sanitária (Visa) de Campos autuou, nessa quarta-feira (29), um açougue, localizado na Avenida 28 de Março, na altura do Turfe Clube. Durante a inspeção, foram encontradas evidências de fabricação clandestina de linguiça, venda de produtos sem procedência e manipulação inadequada de alimentos, como espetinhos. Além disso, o estabelecimento estava sem a devida licença sanitária. No total, foram apreendidos 890kg de produtos impróprios para o consumo humano. AÇOUGUE EMITE NOTA DE ESCLARECIMENTO — VEJA CLICANDO AQUI. 

A diretora da Visa/Campos, Vera Cardoso de Melo, disse que, apesar da estrutura do local estar de acordo com as normas da Vigilância Sanitária, a venda de produtos proibidos é o principal problema. “Encontramos massa do produto (linguiça), embalagens e tripas para embutidos. Foi constatada, também, a comercialização de linguiça fora da refrigeração, sem a devida procedência e selo de inspeção, o que a torna imprópria para venda. Produtos como carne salgada e espetinhos (de coração, frango, etc.) também foram identificados sendo comercializados, o que não é permitido. A manipulação de produtos de marcas conhecidas para a produção de espetinhos, por exemplo, invalida a garantia de origem, além de ocorrer em área e condições inadequadas”, relatou, informando que o proprietário já está providenciando o licenciamento para a devida adequação.

A comercialização de linguiça, neste caso, proveniente de estabelecimento com Serviço de Inspeção Estadual (SIE), é restrita ao estado do Espírito Santo, em razão da certificação CIE (Certificado de Inspeção Estadual). A ausência de registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) impede a comercialização em outros estados. “A justificativa para essa restrição reside na impossibilidade de garantir a procedência e as condições adequadas de transporte da linguiça. Foram relatados casos de transporte inadequado, como em condições impróprias de refrigeração e acondicionamento, inclusive em locais inadequados, sem o devido controle sanitário. Essa situação caracteriza a produção e comercialização como clandestinas”, salientou.

Os alimentos impróprios para consumo humano foram apreendidos e levados para descarte no aterro sanitário. A Vigilância Sanitária orienta a população que, em caso de irregularidades, denuncie ao órgão. O anonimato é garantido.

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