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Governador diz confiar em 'condução imparcial' de investigação da prisão de Bacellar
Presidente da Alerj foi preso por suspeita de vazar informações da operação que prendeu TH Joias
PUBLICADO POR: REDAçãO 3 | PORTALOZK.COM - 05/12/2025 - 11:59

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O governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que confia na condução imparcial das investigações que levaram à prisão de Rodrigo Bacellar (União Brasil). O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) foi preso na última quarta-feira (3), em uma operação da Polícia Federal contra o vazamento de informações da ação que prendeu o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, em setembro. 

Em nota divulgada nesta sexta-feira (5), Castro declarou que acompanha o caso com "devida atenção institucional" e defendeu que o deputado estadual, como chefe do Poder Legislativo, deve ter garantido o direito aos processo legal. Hoje, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj se reune para deliberar sobre a manutenção da prisão de Bacellar e o afastamento da presidência da Casa. O relatório deverá ser levado ao plenário na segunda-feira (8), quando todos os 70 parlamentares poderão votar. 

"Mantenho a confiança na condução técnica e imparcial do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal, responsáveis pela investigação", destacou o governador do Rio. O pedido de prisão contra Bacellar foi feito pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635/RJ, a "ADPF das Favelas", que determinou à PF investigar a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividades no Rio e as conexões com agentes públicos. 

Ainda no pronunciamento, Castro também aponta que todos os esclarecimentos solicitados pelo Supremo ao Executivo já foram respondidos, "reafirmando nosso compromisso com a legalidade, a transparência e o pleno funcionamento das instituições", completa. O deputado estadual permanece preso em uma cela de 2m² da delegacia de flagrantes, na Superintendência da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio.

Rodrigo Bacellar está no segundo mandato de presidente da Alerj, reeleito por unanimidade em fevereiro deste ano. O parlamentar lançou a primeira candidatura pelo Solidariedade (SD) em 2018, tendo sido eleito com 26.135 votos, e reeleito em 2022 pelo Partido Liberal (PL), com 97.822. Em março de 2024, se filiou ao União Brasil. Entre 2007 e 2009, foi assessor da Secretaria-Geral de Planejamento do Tribunal de Contas do Rio (TCE/RJ), e de 2009 a 2011, presidente da Fundação Estadual do Norte Fluminense (FENORTE).

Entenda a prisão

Segundo as investigações, Bacellar é suspeito de ter vazado informações de uma operação contra uma quadrilha especializada em tráfico internacional de armas e drogas, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. Entre os alvos estavam TH Joias, um delegado da Polícia Federal, policiais militares, um ex-secretário municipal e estadual e uma liderança do Comando Vermelho (CV). À época deputado estadual, Thiego acabou destituído do cargo. 

A Polícia Federal apresentou provas que apontam uma relação estreita entre o parlamentar e TH Joias. Em trocas de mensagens, o ex-deputado inicia a conversa chamando o presidente com "Fala, 01" e avisando que passaria a usar um novo número. Ele então responde com uma figurinha, o que, segundo os investigadores, sugere que já sabia da troca. O diálogo aconteceu em 2 de setembro, um dia antes da operação policial. Além disso, Thiego incluiu o telefone de Bacellar em uma lista de "comunicação urgente".

À época em que a operação foi realizada, a PF já apurava o vazamento de informações, porque Thiego não havia dormido em casa, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste. "O deputado estadual TH não estava em casa, tinha fugido. Vamos instaurar um inquérito para apurar um eventual vazamento de informação. Temos indicativos de que chegou ao conhecimento dele e nós vamos apurar", afirmou o superintendente Fábio Galvão na ocasião. 

"Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de interferência indevida nas investigações da organização criminosa", justificou Moraes na decisão que determinou a prisão do presidente da Alerj e o afastamento do cargo.

No interior do carro em que Bacellar se apresentou à PF nesta quarta-feira, para cumprimento de mandando de prisão preventiva, agentes encontraram três celulares e R$ 90,8 mil em espécie. Interrogado sobre a quantia, o deputado optou por se manter em silêncio. A defesa do parlamentar negou que ele tenha atuado para obstruir investigações e que vazou informações a potenciais alvos de operações. "Ele foi ouvido pela Polícia Federal e esclareceu tudo o que lhe foi perguntado", esclareceram os advogados do deputado.


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