Com celulares em mãos e olhares curiosos, os alunos da Escola Municipal Cláudia Almeida Pinto de Oliveira, no Farol de São Thomé, estão transformando cada folha, flor e fruto da horta comunitária em descobertas científicas. A experiência pedagógica, iniciada em maio de 2024, une tecnologia digital e educação ambiental para promover um novo modelo de aprendizado, despertando o interesse dos estudantes pelas ciências naturais e emocionando familiares com os resultados em sala e no canteiro.
A proposta, dentro do projeto MAPBC (Mutirões Agroecológicos Para o Exercício Pedagógico do Bem Viver na Baixada Campista), aproveita o espaço da horta inaugurada em 2021 para criar um verdadeiro laboratório a céu aberto. Os alunos fazem aulas de campo e usam tablets, celulares e videoaulas para identificar espécies nativas, exóticas e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), com base em pesquisas on-line e observações morfológicas.
A vegetação do entorno e a restinga da região também são objetos de estudo. O ponto de acesso à internet instalado próximo ao local permite que eles consultem portais científicos, registrem dados em planilhas colaborativas e comparem características das plantas em tempo real.
A coordenadora do projeto e diretora da escola, professora Cláudia Maria dos Santos, destaca que os desafios iniciais foram a adesão dos docentes em inserir a horta como recurso pedagógico e a falta de materiais tecnológicos. Com apoio da comunidade e parcerias com o Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e instituições como UFRRJ, UFF, IFF e UENF, a escola superou os obstáculos e consolidou o uso da tecnologia como ferramenta de inclusão e inovação.
Além de ampliar o interesse nas aulas de Ciências, a iniciativa fortaleceu a inclusão digital dos alunos e aproximou saberes tradicionais ao conteúdo escolar — como o uso de ervas medicinais. Segundo a diretora, os resultados são “infinitos”, pois refletem a vivência e a interpretação de cada estudante.
Entre os destaques, estão o entendimento sobre sazonalidade das culturas, tipos de solo, compostagem e produção de biofertilizantes. Para a comunidade, os ganhos também são expressivos: famílias participam do plantio e da colheita, vivenciando práticas agroecológicas e fortalecendo os vínculos com a escola.
Para 2025, os próximos passos incluem o aprofundamento das pesquisas e o uso mais frequente da horta como espaço de integração entre educação, sustentabilidade e cidadania, reforçando o papel da escola como agente de transformação social e ambiental.
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