O secretário estadual de saúde do Rio, Edmar Santos, disse nesta quarta-feira, durante entrevista ao "RJTV", que está preocupado com a quebra da quarentena em pontos da capital e da Região Metropolitana. Na Rocinha, na Zona Sul, que já registrou cinco mortes por coronavírus, por exemplo, comércio segue aberto e os moradores andam pelas ruas normalmente. De acordo com Edmar, medidas estão sendo estudadas para restringir a circulação de pessoas - o pagamento de multa, como acontece em alguns países, não está descartado.
- Apesar das medidas, tem sido um atentado o que temos visto. Em relação à Região Metropolitana e à capital, estou muito preocupado. O governo está debruçado nas medidas que são cabíveis do ponto de vista legal. A Alerj está estudando também a possibilidade de algum dispositivo que venha a dar suporte. Entre elas, o pagamento de multa - disse o secretário.
Edmar destacou que, se o número de casos aumentar, haverá um desequilíbrio na oferta de leitos. Ele disse que o estado tem hoje 63% de ocupação de leitos de CTI:
- Precisamos adequar a evolução da epidemia à evolução do número de leitos.
De acordo com o secretário, ainda não há um mapeamento completo da população por causa da falta de testes, mas é possível notar um aumento dos casos em comunidades carentes. O número pode se tornar maior quando ficarem prontos os exames das 78 mortes suspeitas que ocorreram no estado.
- A doença chegou pelos mais afortunados, que voltavam de viagem. Hoje percebemos que aumentou de 7% para 21% a representação nos hospitais públicos - destacou ele, adiantando que mortes e casos confirmados que ocorrem nas comunidades são acompanhados pela Secretaria de Saúde.
Em relação a profissionais da área de saúde que estão afastados por terem o coronavírus, o secretário disse que atualmente são 2,2% do quadro.
Decreto de Witzel
Edmar comentou ainda o decreto desta terça-feira do governador Wilson Witzel - que liberou a rebertura do comércio e a circulação de pessoas em 30 municípios onde não há casos de Covid-19 confirmados. Ele disse que não houve uma flexibilização:
- Não está tendo afrouxamento em área que está tendo caso. O mesmo protocolo que foi adotado no início está sendo adotado em outras regiões do estado. Ao longo do caminho, vai acontecer isso. Os municípios vão ter casos positivos e vão ter que voltar para o processo ampliado. Isso está previsto na medida. O risco agora é não ter coragem de tomar medidas mais duras para a capital e a Região Metropolitana. Acho que isso é que faz a coerência, inclusive, entre as duas ações.
*Fonte: Extra
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