Uma grande explosão atingiu nesta terça-feira uma região portuária em Beirute, capital do Líbano. Imagens postadas no Twitter mostram uma grande coluna de fumaça sobre a cidade. Ainda não há detalhes sobre qual seria a causa da explosão. Ao menos dez pessoas morreram, segundo disseram fontes médicas à agência Reuters, e centenas ficaram feridas.
O ministro da Saúde do Líbano, Hamad Hasan, confirmou que a explosão causou "um número muito alto de feridos" e danos extensos à cidade, em entrevista ao canal de televisão libanês LBC. Grande explosão atinge Beirute em região próxima ao porto.
A explosão ocorreu no local onde ficam armazéns que abrigam explosivos e fogos de artifício, o que teria causado explosões maciças, segundo a agência de notícias estatal libanesa NNA e duas fontes de segurança.
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— Eu estava na rua e precisei me jogar no chão por causa da explosão. Todas as janelas da rua quebraram, e um cara se jogou em cima de mim para me proteger dos cacos de vidro — disse ao Extra um jovem francês que estava no bairro Geitawi, próximo a zona portuária da cidade.
Segundo ele, que preferiu não se identificar, o bairro Gemayze, que fica na região onde estão algumas das embaixadas no Líbano, foi bastante afetado por causa do abalo e coberto pela fumaça da explosão. O incidente foi tão forte que janelas de casas e vitrines de lojas foram destruídas a quilômetros de distância do local, segundo registros nas redes sociais.
Foto: Editoria de Arte
Segundo testemunhas, as explosões foram ouvidas até a cidade costeira de Larnaca, no Chipre, a pouco mais de 200 km da costa libanesa.
— Vi uma bola de fogo e fumaça subindo sobre Beirute. As pessoas estavam gritando e correndo, sangrando. Varandas foram arrancadas dos edifícios. Vidros dos prédios quebraram e caíram nas ruas — disse testemunha à Reuters. — Todas as janelas do centro da cidade foram quebradas e há feridos andando por todos os lados. É um caos total. libano
O incidente ocorre dias antes do veredicto pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, em 2005. Na sexta-feira, um tribunal da ONU formado por resolução do Conselho de Segurança deve emitir o veredicto contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato. Os réus, todos membros do movimento xiita Hezbollah, estão sendo julgados à revelia pelo Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede em Haia. Além do presidente sunita, 21 pessoas morreram naquela explosão. O Hezbollah, apoiado pelo Irã, negou qualquer papel no crime.
Crise econômica sem precedentes
Após a explosão, a Marinha do Brasil informou que todos os militares componentes da Força Tarefa Marítima (UNIFIL) estão bem e não há feridos. Segundo comunicado, a Fragata Independência encontra-se operando no mar, normalmente. O navio estava distante do local onde ocorreu a explosão.
Bem antes dos primeiros casos da Covid-19 serem reportados no Líbano, o país já enfrentava a maior crise econômica desde o fim da longa guerra civil (1975-1999), agravada pela instabilidade política em meio a uma onda de protestos que levou milhões de pessoas às ruas no final do ano passado — uma onda que levou à queda do governo mas que também paralisou o país por semanas.
Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores do país renunciou, alertando que interesses conflitantes ameaçavam transformar o país em "um estado falido".
O governo, apoiado pelo Hezbollah e seus aliados, tem se esforçado para realizar reformas exigidas pela comunidade internacional. As negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de US$ 10 bilhões foram interrompidas e o governo apelou por ajuda de países do Golfo — principalmente Kuwait, Iraque e Catar.
*Fonte: Extra
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