Logo após a decisão da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, por unanimidade definiu que as investigações do caso Marielle e Anderson não serão transferidas à esfera federal, Mônica Benicio, viúva da parlamentar do PSOL assassinada em março de 2018 junto ao seu motorista, definiu como uma vitória a permanência das apurações no Rio de Janeiro. O voto da relatora Laurita Vaz foi seguido pelos outro sete ministros presentes na sessão.
— São 805 dias sem justiça para Marielle e Anderson. A federalização seria o caminho mais curto para a impunidade. Com o apoio de mais de 150 mil pessoas, obtivemos hoje não um avanço, mas uma vitória sobre a possibilidade de retrocesso. O resultado do STJ hoje foi importante para que seguíssemos confiantes na elucidação do caso, mas não deve reforçar ou justificar de forma alguma a demora na identificação dos mandantes e das motivações dos assassinatos de Marielle e Anderson — afirmou.
Mônica dedica a "vitória" à mobilização dos movimentos sociais nas redes em pról de Marielle Franco:
— A sociedade brasileira, a comunidade internacional, os movimentos sociais, as organizações de direitos humanos devem exercer agora com ainda mais afinco a pressão democrática para que todos os responsáveis por esse crime sejam identificados e devidamente responsabilizados — disse, acrescentando que a busca segue por respostas. — As instituições brasileiras não podem estar a serviço de organizações criminosas, independente de que sobrenome tenham seus integrante. O mundo anseia por justiça para Marielle e Anderson. E nós seguiremos em luta até que essa seja uma realidade.
Defesas de Lessa e Queiroz queriam federalização
os advogados do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio de Queiroz, acusados de matar a vereadora e o motorista, defenderam a federalização do caso durante o julgamento. Eles alegaram que houve "inconsistências" na investigação, como a perda de testemunhas, "falta de cuidado" na coleta de provas e depoimentos com informações falsas, como o do porteiro, que mencionou o presidente Jair Bolsonaro como responsável por autorizar a entrada de Élcio no condomínio Vivendas da Barra.
O subprocurador Humberto Jaques elogiou a atuação do MP-RJ, classificando a instituição como "competente" e de "vanguarda", mas defendeu o deslocamento da competência do caso, alegando que, na época do crime, o estado estava sob intervenção federal.
— Esse lastimável crime acontece no Rio de Janeiro durante uma intervenção federal. É a União federal intervindo no sistema de segurança pública do Rio de Janeiro.
*Fonte: Extra
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