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Casas de shows reabrem no Rio com regras rígidas, capacidade reduzida e até cercadinho
Vivo Rio retoma atividade com apresentação de Maria Rita; agenda ainda traz nomes como Vitão, Tacy de Campos e Paulão Sete Cordas.
PUBLICADO POR: REDAçãO 4 | PORTALOZK.COM - 16/10/2020 - 11:27

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Sete meses após fecharem as portas por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas casas de show cariocas retomam as atividades. Mas, agora, sob a jurisdição do tal novo normal, com regras e protocolos que seguem as orientações sanitárias dos órgãos responsáveis enquanto o mundo aguarda uma vacina para a Covid-19.

O Vivo Rio reabre amanhã, com apresentação de Maria Rita (dia 24 tem Diogo Nogueira; e, em 1º de novembro, Jorge Aragão), cheio de novidades: dos dois mil lugares da plateia, apenas 660 estarão disponíveis; os camarotes tiveram sua capacidade reduzida pela metade; e a venda de ingressos será apenas pelo site, sem oferta física na bilheteria.

— Estamos seguindo todos os protocolos exigidos, limpando todos os tubos de ar-condicionado, fazendo higienização, estipulando horários de entrada específicos para cada setor, tudo para evitar aglomeração. A fila na entrada da casa vai ter demarcação, e os profissionais foram orientados para sempre manter uso de máscara, oferecer e usar álcool em gel. A saída do público vai ser preferencialmente pela porta de emergência, ou seja, mais duas opções de escape — explica Bianca Labruna, diretora artística do Vivo Rio.

Na entrada, todos os espectadores terão suas temperaturas aferidas pela equipe da casa. As mesas, agora mais espaçadas, com dois metros entre elas, são para duas pessoas. Quem quiser fechar uma maior precisa comprar os ingressos simultaneamente.

— Não há mais opção de bilhetes avulsos. E, até a vacina, não teremos shows com público em pé — afirma Bianca.

Desde março, Maria Rita fez apenas dois shows, ambos em formato de drive-in, em São Paulo. Amanhã, ela mostra o repertório do “Samba de Maria”, com músicas de sua discografia e temas gravados com sucesso por nomes como Beth Carvalho, Clara Nunes e Elis Regina, sua mãe.

— Estou com frio na barriga, bastante ansiosa. Não sei o que esperar, como a plateia vai estar. Só quero que as pessoas que forem estejam tranquilas. É tudo muito novo e diferente — diz a cantora. — Minha expectativa é em relação à ansiedade do público.

Em casa com a filha Alice, de 7 anos, desde março, Maria Rita afirma que ainda está em quarentena:

— Eu sigo em isolamento social, saio só para trabalhar, com máscara e baldes de álcool gel. Recusei dois convites porque não poderia ir de carro. No início, eu “buguei”, como diz meu filho mais velho. Mas sou empresária, muita gente depende de mim. As pessoas precisam entender que arte não é só entretenimento, é uma indústria, nosso trabalho, nosso ganha-pão — reflete a artista.

Na Barra, a Cidade das Artes, que conta com salas de concerto de acústica privilegiada, optou pelo projeto Jardim das Artes, com palco ao ar livre. Em tempos de pandemia, o esquema escolhido foi o bom e velho “cada um no seu quadrado”, com 150 cercadinhos — batizados de lounges — para até seis pessoas. A retomada foi no último fim de semana, com Sorriso Maroto e Pagode do DDP. Amanhã é a vez do cantor Belo, que relembra seus sucessos.

As regras no local são rígidas. Além do uso obrigatório de máscaras, não é permitido sair do lounge. Para ir ao banheiro, cada pessoa deve marcar horário por meio de um aplicativo, mesmo caminho para comprar comida e bebida. Tanto na entrada quanto na fila dos sanitários, a distância mínima de dois metros entre as pessoas deve ser respeitada. Quem insistir em sair do lounge ou ficar sem máscara será convidado a deixar o evento.

— Pensamos em que forma segura de entretenimento poderíamos oferecer. E o jardim, com 15 mil m², é a única forma para a gente conseguir realizar um evento mantendo distanciamento. Em cada corredor há um segurança, um monitor e um agente. A fila é toda marcada com distância, tem medição de temperatura, para quem não tiver máscara a gente dá uma, totens de álcool gel em todos os lugares. Quem sair do quadrado mais de uma vez a gente pede para se retirar. Todos estão respeitando, tem dado muito certo — comenta Renata Monteiro, presidente da Cidade das Artes.

Além da Cidade das Artes, na Barra, o Teatro Multiplan, no VillageMall, também tem novidades: reabre com show amanhã e passa a operar com 50% de sua capacidade. A agenda da reestreia já está definida: o jovem cantor paulistano Vitão reinaugura o palco, e as próximas atrações são a banda de reggae Maneva (dia 24); o pop da carioca Malía, que divide a noite com a banda As Bahias e a Cozinha Mineira (dia 25); e Luan (7 de novembro), ex-integrante do duo UM44K.

Ainda no bairro, o Bar do Zeca Pagodinho já voltou com sua programação de fim de semana, mas com uso obrigatório de máscara e operando com 50% da capacidade. Hoje se apresentam Dois Num Samba e Paulão Sete Cordas, que recebe Júlio Estrela. Amanhã é a vez de Nilze Carvalho, Darcy Maravilha e Renato Milagres. E, domingo, como já é tradição do espaço, tem a Feijoada do Leandro Sapucahy.

Na cadência do samba
Seguindo no samba, dois espaços tradicionais do gênero também se adaptaram para reabrir. Com capacidade reduzida e distanciamento entre as mesas, o Beco do Rato realiza amanhã roda com Toninho Geraes. Já o Renascença Clube, no Andaraí, promove domingo apresentação do grupo Arruda — que também toca no Beco do Rato, na terça — com número menor de assentos. A partir do próximo mês, a casa pretende retomar também seu carro-chefe, com a roda de Moacyr Luz & Samba do Trabalhador, que vinha sendo feita em formato de live.

— Temos a vantagem de o clube ter uma grande área aberta. Já colocamos álcool gel por todo o espaço, tapete de higienização, todos os funcionários vão usar luvas e proteção facial. Máscara é item obrigatório, e vamos tirar a temperatura do público — conta Alexandre Xavier, presidente do Renascença.

Gustavo Carvalho, percussionista do Arruda, diz que a possibilidade de tocar de novo faz bem para todo o setor:

— O samba estava parado há sete meses, todo mundo sofreu — diz.

Evento gratuito nos Armazéns do Engenhão, o Samba da Feira retorna amanhã, com o grupo Seligaê. Quem quiser ir precisa se cadastrar pelo site da Guichê Web. Vale lembrar que há medição de temperatura na entrada e o uso de máscara é obrigatório.

Do samba ao rock, o Teatro Prudential, na Glória, apresenta de hoje a domingo o espetáculo “O relicário de Cássia Eller”, com Tacy de Campos, que canta no palco reversível do local, agora virado para um pátio aberto.

— É um espaço superagradável, ao ar livre, com toldo para dias de chuva. E apenas para 120 pessoas, com mesas para dois, e quatro para quatro espectadores. Cada uma deve ser comprada para o mesmo grupo — diz a produtora cultural Aniela Jordan.

Aniela reforça que todo cuidado é pouco:

— Contratamos um sanitarista para desenhar as regras. E pedi a visita da vigilância sanitária antes da retomada. É proibido ficar sem máscara se não estiver comendo e bebendo, dobramos a equipe para esse monitoramento.

Já o Teatro Riachuelo, pelo qual a gestora também é uma das responsáveis, programa sua volta para o dia 24:

— Passamos de mil para 430 lugares.

No Jardim Botânico, a partir de novembro — ainda sem data definida —, o Manouche deixa o subsolo da Casa Camolese para ocupar o jardim do restaurante.

Já o Beco das Garrafas, templo da bossa nova Copacabana, segue com o futuro indefinido.

— Fizemos tudo que foi pedido para realizar shows na calçada, mas ainda não conseguimos liberação. A ideia é retomar no início de novembro — diz a sócia Amanda Bravo. — Precisamos colocar a galera para tocar. *Jornal O Globo


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