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Lançamento da pedra fundamental do Reator Multipropósito Brasileiro será na sexta (08)
PUBLICADO POR: LEONARDO FERREIRA - 06/06/2018 - 10:57

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Os Ministérios da Defesa, da Saúde, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a Marinha do Brasil (MB) realizarão, no próximo dia 8 de junho, no Centro Industrial Nuclear de Aramar (Iperó-SP), com a presença do Presidente da República, a cerimônia de Lançamento da Pedra Fundamental do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e de início dos testes de integração dos turbogeradores do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE).

O RMB é um reator nuclear que tornará o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos – insumo fundamental para a fabricação de rádiofármacos, de grande importância para o tratamento de doenças em diversas áreas da Medicina, como a cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia.

O LABGENE – parte essencial do Programa Nuclear da Marinha (PNM) – é o protótipo, em terra, da planta nuclear do futuro submarino com propulsão nuclear brasileiro.

REATOR MULTIPROPÓSITO BRASILEIRO (RMB)
Sob a responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Complexo do Reator Multipropósito Brasileiro será erigido no Município de Iperó, em uma área de 2,04 milhões de m2, cedida pela Marinha do Brasil e pelo Governo do Estado de São Paulo, adjacente ao Centro Industrial Nuclear de Aramar. O Complexo terá, além do reator nuclear de pesquisa, toda uma infraestrutura de laboratórios para realizar um grande e valioso conjunto de atividades. Os principais laboratórios associados são: laboratório de processamento e manuseio de radioisótopos; laboratório de feixe de nêutrons; laboratório de análise pós-irradiação; e laboratório de radioquímica e análise por ativação, além de instalações de apoio para pesquisadores. O Empreendimento RMB, da forma concebida, será o catalisador para um grande centro de pesquisa nacional de aplicação de radiação para benefício da sociedade.

O RMB será capaz de produzir os radioisótopos que o Brasil precisa, e que hoje são importados, reduzindo os riscos de desabastecimento e diminuindo os custos para a produção dos radiofármacos, o que permitirá maior volume de exames e tratamento de doenças, em especial de diferentes tipos de câncer. Isso significará melhores condições para o investimento na área médica, com a consequente ampliação do atendimento em medicina nuclear, para um maior contingente populacional.

Registra-se que em 21 de dezembro de 2017, durante a 51ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do MERCOSUL e Estados Associados, na presença dos Presidentes Michel Temer e Mauricio Macri, foi celebrado o contrato entre a Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências (Fundação PATRIA) e a empresa argentina Investigación Aplicada (INVAP), com o propósito de iniciar o projeto detalhado dos sistemas nucleares para a futura construção do RMB.

Da mesma forma, em 27 de março do corrente ano, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL) e o Ministério da Saúde assinaram um acordo de cooperação técnica que garante investimento de R$ 750 milhões, a serem aportados por aquele Ministério até 2022, para a implantação da parte do Empreendimento voltada para a fabricação dos componentes de interesse da medicina nuclear brasileira.

É importante ressaltar que, com sua instalação em área adjacente à Aramar, a Região de Iperó comportará dois reatores nucleares, o do Complexo RMB e o do LABGENE. Esses empreendimentos certamente farão com que o Município se torne o mais vigoroso pólo de desenvolvimento de tecnologia nuclear do país, promovendo a atração de novas empresas e indústrias, a geração de empregos para todos os níveis de formação e qualificação, e o incremento da atividade econômica local.

PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA
O Programa Nuclear da Marinha (PNM) foi iniciado em 1979, em razão da necessidade estratégica do País possuir submarinos com propulsão nuclear. Concebido para utilizar tecnologia totalmente nacional e independente, o Programa foi dividido em duas vertentes: o domínio do ciclo do combustível nuclear; e o desenvolvimento de uma planta nuclear de propulsão naval.

Atualmente, graças ao PNM, o Brasil domina o ciclo completo do enriquecimento do Urânio e estamos construindo, na cidade de Iperó (SP), no Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), um Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), que é o protótipo, em terra, da planta nuclear do nosso primeiro submarino com esse tipo de propulsão. Verifica-se, assim, a indissociável ligação entre o PNM e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, o PROSUB.

O combustível nuclear é fabricado a partir do urânio natural, encontrado em abundância no Brasil, que detém uma das maiores reservas desse minério no planeta.

Fruto do PNM, a MB contribui de forma decisiva para possibilitar a produção pelas Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB) de parte do combustível nuclear utilizado nas usinas Angra I e II. Além disso, por meio de atividades e projetos desenvolvidos pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, em parceria com universidades, institutos de pesquisa e com a indústria nacional, o Programa vem trazendo elevados ganhos em tecnologia e desenvolvimento científico numa área reconhecidamente sensível.


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