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Vai ser lançado em março de 2026, o edital para a construção da Estrada Ferroviária 118 (EF-118), que vai ligar a malha do estado do Espírito Santo (ES) até o terminal do Porto Indústria do Açu, em São João da Barra (SJB), no Norte Fluminense. Avaliando a importância estratégica da extensão da malha para conexão a portos capixabas e no Rio de Janeiro, o ministro dos Transportes, Renan Filho, avaliou nesta segunda-feira, 1°, que “hoje, no Brasil, um porto sempre é premiado quando uma ferrovia chega até ele”.

“O Porto do Açu, por exemplo, possui uma das maiores estruturas portuárias do mundo, mas ainda não tem uma ferrovia. A EF-118, então, resolveria não apenas a questão do Açu, mas também de outros portos do Rio e do Espírito Santo, além de criar a possibilidade de a malha que chega a Santos, em São Paulo, também se conectar à nova ferrovia”, acrescentou.

A construção da EF-118, observa o ministro, será parte integrante do chamado “Anel Ferroviário Sudeste”, que irá interligar o Rio de Janeiro à malha do restante do país.

Ainda segundo o ministro, os recursos iniciais, superiores a R$ 4 bilhões, viriam de “renovações antecipadas de outros trechos ferroviários”, concedidos pelo governo federal a grupos privados como a Vale e a RMS.

O trecho capixaba, de acordo com os projetos apresentados pelo ministro, é classificado como fase 1 (obrigatória). Já o outro traçado, dentro do estado do Rio de Janeiro (fase 2), contará com investimento adicional. Considerando as duas fases, serão mais de 500 quilômetros de ferrovias.

O secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, destacou que, entre os projetos estruturantes, “o Anel Ferroviário do Sudeste, incluindo a EF-118, irá conectar o Rio ao Espírito Santo e facilitar o comércio internacional utilizando as ferrovias”.

A carteira do Ministério dos Transportes prevê oito leilões de ferrovias, que abrangem mais de nove mil quilômetros de extensão. E deve atrair, em um curto prazo, recursos no total de R$ 140 bilhões em investimentos, com previsão de injeção de R$ 600 bilhões a médio e longo prazo no sistema ferroviário.

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